RETROSPECTIVA

Dezembro de 2013. Estavámos deitados na cama: eu, meu namorado e minha insônia. Já era de madrugada e meu namorado dormia. Assim como a idéia de ser Au Pair, que jazia morta e enterrada a 2 anos. Do nada, eu comecei a pensar nisso de novo. Ressuscitei ela. E daí então não parei mais de pensar nisso por um minuto. Foi correria. Escolhi a agencia por meio de eliminatória. Quando eu quis ser Au Pair em 2011, ia fazer pela CC. Mas como nunca respondiam meus e-mails e nem me passaram segurança (provavelmente foi por isso que eu desisti), eu eliminei. A CI eu eliminei por causa de uma amiga da minha irmã que ficou online e nunca entrou família. Eu não podia correr esse risco... Descobri a experimento de tanto ler blogs e foi batata, amei. O dia do passaporte foi um Deus nos acuda também, quase perdi a hora! (leia) Mas deu tudo certo. No dia do iTep não foi diferente. Eu e meu namorado fomos até o Rio grande do Sul, estado vizinho do meu (não, não tem experimento na minha cidade e mesmo assim eu fui com eles) saímos daqui as 4:00 da manhã e chegamos na frente do prédio da agência exatamente as 11:00. Só subi e o Rodrigo já estava me esperando. Aquele danado daquele teste me deixou mais nervosa do que não sei o que. Saí de lá com certeza de que tinha reprovado. Mas se isso acontecesse, eu iria de novo pro Rio Grande pra refazer? NÃO. Já ia acabar por aí. Mas, eu passei. VELHO EU PASSEI. Um dia depois do resultado já estavam aparecendo os chezkzinhos verdes e lindos no meu application. Eu estava na espera de ficar online. 11 dias eu esperei, roendo as minhas unhas. No dia que eu fiquei online, contei pra minha amiga Pamela, pro namorado, pro pai pra mãe pra vó. Estava saltitante de tão feliz. Eu, naquele dia, jamais imaginei que ia falar com tantas famílias e que ia encontrar uma perfeita pra mim. Nesse meio tempo, não posso deixar de falar, entrei pro Choque de Monstro. Agradeço muito por ter encontrado essas malucas que tanto me ajudam. 



As famílias começaram a aparecer, e foi tudo super rápido. Achei que ia ser demorado, mas eu sempre tinha família no perfil. Era raro ficar sem. (I  APIA) Eu sempre ficava muito indecisa, eu tinha um monte de coisa na cabeça, por exemplo: só vou se tiver carro, não aceito Host Brasileira, não quero mais de 2 kids, só vou se for pra ontem! Ao passar do tempo, mudei todos os meus pensamentos e percebi que esse processo todo mexe demais com nossos sentimentos. Tudo que eu pensava já não penso mais, e no fim das contas, aceitei o que eu achei que seria melhor pra mim mesmo sem se encaixar naqueles requisitos. Porque host family perfeita não tem. Das coisas que eu aprendi, uma delas é que a hora do skype me dá dor de barriga. Até hoje a musiquinha de chamada me da calafrios (pra quem não sabe eu sou a pessoa mais medrosa do mundo). Outra é que precisamos ter paciência. Tudo demora nessa jornada. 10 famílias depois, eu finalmente encontrei meu lindo match, depois de muita depressão, claro. Tudo aquilo que eu queria menos duas coisas: 4 kids e querem pra julho. Mas eu não ligo mais. Minhas meninas são tão gostosas, amo olhar as fotos delas e pensar em como vou me divertir. Eu tenho ao meu favor que eu realmente gosto de crianças. E dia 21/07 tá logo aí. 59 dias! meu coração dói em pensar o que eu vou deixar aqui no Brasil, Minha família, namorado e amigos. Mas eles sabem que eu preciso dessa experiência, e que vou voltar (se voltar) muito mais madura e responsável. (Sergio, se você estiver lendo isso, eu vou te levar pra lá comigo, porque eu te amo) Em todo esse processo, eu quase morei do lado da Pamela, tipo, a uns 10 minutos. Quase morei na Califórnia, quase morei no Brooklyn, quase cuidei de ruivos. Eu quase chorei até dormir, comi até passar mal de tão nervosa, fiquei de mal humor e de bom humor e de mal humor de novo, reclamei, pulei, sofri, tive feeling não correspondido, tive que ler o famoso ''escolhemos outra Au pair'', virei noite lendo blogs. Mas eu fiz isso, e você também. Estamos todas no mesmo barco. Logo vem o dia do visto, e eu já estou CAGANDO. Independente de tudo, eu tirei várias lições desde janeiro até aqui. Uma delas, e a que eu acho mais importante, foi como eu recuperei minha fé. E o aprendizado mesmo ainda nem começou.

Até mais ver, Colorado. Te vejo em Julho!

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2 Responses to RETROSPECTIVA

  1. que história!!! enjoy your 4 girls in CO =]

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  2. Show Jenifer!
    Parabéns pela superação e que bom que você não desistiu, porque agora está vivendo seu sonho nos States! Que bom que deus nos dá fé para continuarmos.
    Realmente, as vezes parece que o que desejamos nunca vai chegar, mas chega e quando chega pode superar nossas expectativas.
    Ótima história!

    Beijokas!
    Nath,
    www.brazucaupair.blogspot.com

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